Atividades físicas na 3ª idade

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Benefícios da atividade física na 3ª idade:

Existem cada vez mais evidencia cientificas apontando os efeitos de um estilo de vida ativo na manutenção da capacidade funcional e da autonomia física durante o processo de envelhecimento. Além dos benefícios já citados anteriormente pela atividade aeróbica existem também importantes benefícios do treinamento de força muscular no adulto e na terceira idade:
  
* Melhora da velocidade de andar (atravessar ruas e avenidas)
   * Melhora do equilíbrio
   * Melhora o nível de força (sentar, levantar, subir, puxar, empurrar, segurar, sustentar).
   *Aumento do nível de atividade física espontânea (passear, dançar, divertir-se, promover).
   * Melhora da auto-eficácia (fazer, promover, criar).
   * Contribuição na manutenção e/ou aumento da densidade óssea
   * Ajuda no controle dos diabetes, artrite, doença cardíaca.
   * Melhora da ingestão alimentar
   * Diminuição da depressão (melhora o humor a satisfação a auto estima)
   * Melhora da qualidade do sono

Uma das principais causas de acidentes e de incapacidade na terceira idade é a queda que geralmente acontece por anormalidades do equilíbrio, fraqueza muscular, desordens visuais, anormalidades do peso, doenças cardiovascular, alteração cognitiva e consumo de alguns medicamentos. O exercício contribui na prevenção das quedas através de diferentes mecanismos:

·   Fortalece os músculos das pernas e costas;
·   Melhora os reflexos;
·   Melhora a sinergia motora das reações posturais;
·   Melhora a velocidade de andar;
·   Incrementa a flexibilidade;
·   Mantém ou auxilia na redução do peso corporal;
·   Melhora a mobilidade;
·   Diminui o risco de doenças cardiovasculares.

Segundo dados científicos a participação em um programa de exercício leva à redução de 25% nos casos de doenças cardiovasculares, 10% nos casos de acidentes vascular cerebral (AVC), Doenças respiratórias crônicas e distúrbios mentais. Talvez o mais importante seja o fato que reduz de 30% para 10% o número de indivíduos incapazes de cuidar de si mesmo, além de desempenhar papel fundamental para a facilitar a adaptação à aposentadoria.  

Doenças comuns a 3ª idade

   Hipertensão - doença ligada ao funcionamento do coração
·   Doenças coronarianas – doença ligadas ao funcionamento do coração.
·   A.V.C. (acidente vascular cerebral) – conhecido como derrame.
·   Diabetes – aumento acentuado da quantidade de açúcar no sangue.
·   Osteoporose – doença degenerativa do sistema ósseo, cuidada com alimentação rica em cálcio, atividade física e banho de sol em horário adequado.
·   Artrite – inflamação nas articulações.
·   Artrose – doença degenerativa das articulações.

O que é hipertensão?

A hipertensão arterial ou "pressão alta" é a elevação da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais (140/90mg). Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro, coração, rins e olhos. Outro tipo de hipertensão menos comum é chamado de hipertensão arterial secundária e poderá ser controlada através de tratamento médico especifico.

Doença Coronariana
E um processo contínuo de obstrução das artérias do coração que desencadeia a Angina instável e o Infarto Agudo do coração. Esta síndrome inicia-se devido à ruptura de uma placa ateromatosa instável em uma artéria coronária. A ruptura quebra a placa e ativa a adesão de plaquetas, e pode levar à formação de coágulo de fibrina e trombose coronariana. No caso de uma angina instável, uma oclusão por trombo pode ser intermitente, isto é, uclui e depois libera o fluxo de sangue para a artéria coronária, ficando assim por algum tempo. Este processo pode evoluir para a oclusão definitiva, o que irá determinar o infarto do miocárdio.

A.V.C. – Acidente Vascular Cerebral ocorre após a obstrução de uma artéria de irrigação do cérebro. A insuficiência vascular cerebral é a terceira causa de óbito da população e a segunda causa de óbito entre as doenças cardiovasculares. As artérias carótidas, juntamente com as artérias vertebrais, localizadas no pescoço, fornecem o fluxo sangüíneo para o cérebro. A obstrução dessas artérias causará o acidente vascular cerebral.
DIABETES MELLITUS

É a síndrome decorrente do aumento da glicose na corrente sanguínea. Este aumento leva as complicações micro vasculares (doença ocular, renal e neurológica) e macro vasculares (infarto do miocárdio e derrame cerebral)

Indicações de investigação

1) Poliúria (urinar em excesso) e polidipsia. (sede em excesso).

2) Perda de peso.

3) Letargia, cansaço, desânimo.

4) Infecções de repetição (dermatites, balanopostites, vulvovaginites).

5) Incontinência urinária, nictúria e enurese noturna.

6) Sinais e sintomas de doença aterosclerótica: insuficiência vascular periférica, doença cardiovascular, acidente vascular cerebral.

7) Neuropatia periférica, disfunção erétil.

8) Quadro clínico compatível com complicações crônicas de diabetes.

9) Indivíduos assintomáticos:
a. com idade maior ou igual 45 anos. Se normal, repetir em 3 anos.

b. pertencentes a grupos de alto risco (nesses casos, a investigação deve ser feita antes dos 45 anos, e, se necessário, anualmente).

c. obesos.

d. com história familiar de DM (membros de primeiro grau).

e. hipertensos.

f. DM gestacional, ou pacientes que deram à luz filhos macrossômicos (>4,5 kg).
 
g. HDL-colesterol < 35 mg/dl ou LDL-colesterol > 130 mg/dl ou triglicérides > 250 mg/dl.

h. intolerância prévia à glicose ou glicemia de jejum alterada (110-126 mg/dl).

i. síndrome dos ovários policísticos.

j. uso de medicação hiperglicemiante, doenças predisponentes (síndrome de Cushing, acromegalia, etc).
 
Tipos de diabetes

Diabetes do tipo 1
Conceito
Diabetes tipo 1 é um distúrbio crônico resultante da destruição auto-imune das células alfa pancreáticas produtoras de insulina.

As causas exatas dos diabetes tipo 1 continuam em estudos. Ele ocorre mais freqüentemente em brancos de ascendência norte-européia. Fatores ambientais, como dieta, estresse e vírus foram propostos como fatores que desempenhariam um papel modificador e, talvez, até primário no desenvolvimento do diabetes tipo 1. Portanto, estes fatores podem contribuir para sua variada prevalência. O diabetes tipo 1 foi previamente chamado de "diabetes juvenil" e acreditava-se que ocorresse predominantemente em pessoas com menos de 18 anos de idade. Evidências sugerem uma maior incidência entre 9 e 25 anos, porém casos após os 30 anos de idade também podem ocorrer.

A suscetibilidade ao DM 1 é herdada

A suscetibilidade ao diabetes tipo 1 é herdada e um risco aumentado está associado a ser parente em primeiro grau de uma pessoa com diabetes tipo 1. Porém, 85% de novos casos não revelam tal linhagem familiar. A principal região genética associada à predisposição à doença é uma região que codifica genes para antígenos leucocitários humanos (HLAS) altamente polimórficos. Entretanto, quase 20 outros loci foram propostos como loci que contribuem para 50% a 70% da suscetibilidade genética total.

Diferenças entre o DM tipo 1 e DM tipo 2

Característica
DM tipo 1
DM tipo 2
Início
Rápido
Lento
Secreção de insulina no pâncreas
Baixa ou ausente
Normal, alta  ou reduzida
Presença de corpos cetônicos
presente
Ausente na maioria
Idade de início
Infância, adolescência e mais raramente em adultos
mais freqüente em adultos obesos
Tratamento
insulinas
medicação oral ou insulinas
Familiar acometido
10%
30%
Presença de anticorpos contra ilhotas e/ou insulina
Positivo em > 85% - mais freqüente no início da doença, decai com o tempo
ausentes
Obesidade
ausente na maioria
presente na maioria
Complicações microvasculares (retina, renal e neurológica)
dependem do controle glicêmico
dependem do controle glicêmico

Que países são mais acometidos pelo DM tipo 1?

A incidência de diabetes tipo 1 com base na localização geográfica varia acentuadamente. A doença afeta predominantemente populações com um componente genético branco (caucasianos). Na Finlândia, a taxa de incidência aproxima-se de 40 casos por 100.000 pessoas por ano, enquanto na Coréia e México, a taxa se aproxima de 0,6 por 100.000 por ano. Outras baixas taxas ocorrem na Venezuela, Peru, Paquistão e China. No Brasil, a incidência está em torno de 7 casos por 100.000 pessoas por ano.

Qual o risco familiar de desenvolvimento de DM tipo 1 caso haja um outro caso na família?

O risco familiar de desenvolver diabetes tipo 1 é maior que o da população geral. A prevalência da doença (DM) é de 30% a 50% em gêmeos e 1% em irmãos não-idênticos. O modo de herança não está definido. Nem padrões dominantes quanto recessivos explicam os casos. O risco de desenvolvimento de diabetes é maior em descendentes de um pai com diabetes tipo 1 que em descendentes de uma mãe com o distúrbio. O risco durante toda a vida para parentes em primeiro grau é de 5% a 8%.

Diabetes Melltus tipo 2

O Diabetes Mellitus tipo 2 tem-se constituído num grave problema de saúde pública em conseqüência de sua alta prevalência e, infelizmente, da elevada taxa de complicações crônicas associadas. Diversos estudos, como o Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) em diabéticos tipo 1, o estudo de Kumamoto e principalmente o United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS), demonstraram que as complicações crônicas têm relação direta com o grau de controle da glicemia, O controle glicêmico intensivo e, particularmente para os pacientes com diabetes tipo 2, o controle adequado concomitante da hipertensão arterial e de outros fatores de risco cardiovascular poderão diminuir a enorme taxa de doença macrovascular associada.
A fisiopatologia do Diabetes Mellitus tipo 2 não foi ainda completamente esclarecida, no entanto é aceita a interação de dois fatores essenciais: a insulino-resistência e a insulino-deficiência. A insulino-resistência pode ser definida como a diminuição da ação da insulina endógena em seus tecidos-alvo, particularmente no fígado, músculos e tecido adiposo. Esta insulino-resistência pode ocorrer por causas herdadas ou, principalmente, por causas adquiridas, como obesidade e sedentarismo. Para compensar esta resistência, ocorre hiperinsulinemia, que se torna um evento necessário para a manutenção do estado euglicêmico. Porém, com a evolução da doença, o indivíduo passa a apresentar deficiência de secreção de insulina, não se conseguindo mais a manutenção dos níveis de glicemia pós -­prandial. É a fase de intolerância à glicose, à qual segue a hiperglicemia de jejum e estabelece-se o diagnóstico de diabetes.

Durante anos, o fundamento para a terapia do Diabetes Mellitus tipo 2 foi o uso de agentes hipoglicemiantes orais, particularmente as sulfoniluréias, que diminuem a glicemia por um estímulo da secreção de insulina em células beta ainda viáveis. Estes fármacos, entretanto, têm sido associados a uma taxa elevada de falência secundária, de 5% a 10% ao ano. A explicação para este fato envolve um declínio da capacidade secretora pancreática. Além disso, a não aderência a planos para redução de peso e aumento da atividade física, a presença de doenças ou o uso concomitante de outras medicações poderão contribuir para esta exaustão mais precoce.

O uso de sensibilizadores de insulina, como a metformina (ex. Glucoformin) e, mais recentemente, as tiazolidinedionas (ex. Avandia e Actos), tem-se tornado uma excelente ferramenta para a correção da insulino-resistência. Porém, com a progressiva deficiência de secreção de insulina, a terapia substitutiva com insulina passa a ser determinante em um grande número de pacientes com diabetes do tipo 2.

O tratamento com insulina em pacientes diabéticos somente ficou disponível, após o uso praticamente experimental, em 1922. Hoje o tratamento com insulina é essencial para pacientes com Diabetes Mellitus tipo 1 e, também, pode ser instituído em muitos pacientes do tipo 2. A introdução da auto-monitorização na rotina clínica, assim como a incorporação de conceitos que relacionam as complicações crônicas com a incapacidade de se atingir um ótimo controle metabólico, têm tornado a terapia com insulina em diabéticos tipo 2 uma necessidade crescente.




Os segredos do controle domiciliar.

Certamente, hoje em dia todos que têm diabetes já conhecem as tiras reagentes para a medida dos níveis de glicose no sangue (glicemia), glicose na urina (glicosúria) e cetonas na urina (cetonúria).As tiras reagentes para glicosúria baseiam-se na quantidade de glicose existente na urina com variação da cor na área reagente. As tiras reagentes para glicemia utilizam a método de sensor (leitura através da intensidade de corrente elétrica) ou método de refletância (leitura através de coloração).

Testes de Glicemia

A medida direta da glicemia é o teste mais importante que pode ser feito em casa
Ela reflete o nível exato de glicose sangüínea naquele momento específico. Como já vimos, o resultado da glicemia pode variar bastante de um momento para outro.
O teste de glicemia é muito simples de ser realizado: puncionando-se um dos dedos das mãos com uma lanceta, obtém-se uma boa gota de sangue. Essa gota é então aplicada na área de reação da tira reagente. A glicose contida nessa gota de sangue reage com os produtos químicos da área reagente, provocando uma mudança de cor ou intensidade da corrente elétrica, a qual é proporcional à quantidade de glicose existente
no sangue.
A leitura através do método de sensor utiliza a quantidade de corrente elétrica produzida pela reação na tira de teste e medida pelo monitor, sendo então convertida para o resultado da glicemia. E como pode ser feita a leitura da cor obtida? Essa leitura poderá ser feita, com bastante precisão, com o auxílio de monitores (leitura instrumental) ou de forma menos precisa, comparando-se a cor obtida com a escala de cores do rótulo do produto(leitura visual)

Testes de Glicosúria

Desvantagens:

A glicosúria seria uma medida indireta de glicemia
A Não existe, necessariamente, uma correlação definida entre níveis de glicemia e glicosúria.
A glicose só é detectada na urina quando os níveis de glicemia atingem 180 - 200 mg/dl ou mais.
Os testes de glicosúria não detectam a hipoglicemia.


Portanto, recomenda-se a substituição dos testes de glicosúria pelos de glicemia que são bem mais precisos e confiáveis. Principalmente para
diabetes Tipo 1 esta recomendação se torna mais forte ainda.

Na verdade, os testes de glicosúria podem ter alguma importância na avaliação do controle glicêmico apenas quando utilizamos eventualmente, como substitutos ou complementos dos testes de glicemia e desde que o teste seja realizado com técnica correta, conforme descrita mais adiante.

Outro Problema com testes de glicosúria é a representação dos resultados em "cruzes": +, ++, +++, ++++.

Atenção: o mesmo resultado, em "cruzes", pode significar quantidades bem diferentes de glicose, dependendo do produto utilizado. Para evitar problemas, recomenda-se expressar os resultados dos testes de glicosúria nas unidades de medida mencionadas no rótulo de cada produto.


Testes de Cetonúria:
Antes de mais nada, precisamos saber o que significa a presença de cetonas na urina, uma vez que, em condições normais, simplesmente não existem cetonas na urina. Para quem tem diabetes bem controlado, assim como para quem não tem diabetes, a célula utiliza os açúcares como fonte de energia celular. Quando não há insulina suficiente para permitir a entrada de açúcares nas células, estas começam a queimar gorduras para satisfazer as necessidades de energia celular. E as cetonas são exatamente o resultado da queima dessas gorduras.

Portanto, a presença de cetonas na urina (cetonúria) significa que o diabetes já está bastante descontrolado e que esse descontrole já dura algum tempo. É um sinal de alarme de que a situação metabólica e está fora de controle. Apresentando cetonas na urina, você deve informar seu médico e procurar descobrir o que está acontecendo de errado no controle glicêmico, pois a situação geralmente exige correções importantes de conduta terapêutica.

Quando fazer os Testes de Cetonúria?

Os testes de cetonúria são indicados sempre que os níveis glicêmicos estiverem muito altos (glicemia acima de 250 mg/dl). Além disso, todas as situações que possam afetar o controle glicêmico (intercorrências médicas, estresse físico e emocional etc.) podem requer um teste de cetonúria.

Freqüência e Horários dos Testes:

O número de testes (freqüência) necessários para a avaliação do controle glicêmico é variável e depende de algumas condições. Pelo menos 4 testes por dia deverão ser feitos nas seguintes situações:

Quando o diabetes está difícil de ser controlado.
Quando a dose de insulina está sendo ajustada
Quando iniciado tratamento com insulina
Na ocorrência de doenças e infecções(gripes, pneumonias etc.), pois nestas situações o diabetes, em geral, se descontrola.

Assim que a glicemia começar a apresentar um padrão constante de níveis adequados, durante as 24horas do dia, a freqüência dos testes poderá ser diminuída, primeiro para 2 vezes ao dia e de-pois, se o bom controle for atingido, para 1 vez ao dia (em horários diferentes a cada dia) e, finalmente, para 2 ou 3 vezes por semana, se tudo estiver sob controle.

Em relação aos horários para a realização dos testes, é importante lembrar que no diabetes Tipo 1, os testes sempre deverão ser feitos em situações de jejum, ou seja: antes do café da manhã; antes do jantar; antes de dormir.
Já no diabetes Tipo 2, apesar da glicemia de jejum ser também importante, a chamada glicemia pós-prandial (ou seja, aquela medida cerca de uma hora e meia a 2 horas após as refeições) tem uma importância maior. Portanto, para quem tem diabetes Tipo 2, os os horários mais indicados para a realização dos teste de controle glicêmico são: antes do café da manhã; duas horas após o almoço; duas horas após o jantar.
Os testes de glicosúria poderão, eventualmente, substituir os testes de glicemia, porém com todos os inconvenientes já mostrados anteriormente. Se você não tiver outra escolha além dos testes de glicosúria, os mesmos conceitos quanto à freqüência de testes e horários sugeridos são válidos.
Lembrar apenas que, antes de colher a urina para o teste, a bexiga deve ser esvaziada, desprezando-se toda a urina. Espera-se, então, cerca de 30 a 45 minutos e colhe-se a urina para ser testada.
                      Fonte: Mais Saúde – A Revista do Paciente Diabético
                                             (*)American Diabetes Association
"Clínical Practice Recommendations 2001".
Diabetes Care. Jan 2001, 24 (suppl 1) Sociedade Brasileira de Diabetes "Consenso Brasileiro sobre Diabetes 1999".



Osteoporose em Homens e Mulheres

Introdução

A osteoporose é a principal doença óssea metabólica da espécie humana e na atualidade um dos mais importantes problemas de saúde pública. Acomete mulheres, homens e inclusive crianças. Ela é caracterizada por uma redução do volume e da qualidade óssea com deterioração de sua microarquitetura.

A principal conseqüência é um aumento da fragilidade dos ossos, que sob determinadas condições, podem fraturar–se, com conseqüências imprevisíveis.

A prevalência das fraturas depende da:
  • raça (na branca e amarela maior do que na negra);
  • sexo (feminino maior que o masculino) ;
  • idade sendo esse um fator importante, pois atualmente aumentou a longevidade do ser humano.
Entre os fatores determinantes do risco de fraturas temos:
  • trauma - em razão da força de impacto devido a quedas
  • redução da resistência do osso ( quanto a qualidade e quantidade).
O risco estimado de mulheres e homens desenvolverem fraturas durante a sua vida dependem da região acometida.

Assim sendo em mulheres a fratura vertebral é observada em 16% , fratura proximal do fêmur em 17,5% , fratura do radio distal em 16% e qualquer uma das três em 39,7%.

Entretanto nos homens a incidência é menor, sendo que a fratura vertebral em 5%, proximal do fêmur em 6%, fratura distal do rádio em 2,5% e qualquer uma das três em 13,1%

As fraturas são responsáveis por uma série de efeitos adversos que incluem mortalidade, dependência e custos financeiros que incluem os diretos e a incapacidade laborativa.

A fratura de quadril é a que oferece os maiores problemas, pois reduz a expectativa de vida entre 5 a 20% . As mortes ocorrem logo após a fratura ou nos primeiros 6 meses, em geral associadas a outras condições médicas, sendo as complicações são devidas principalmente a trombose venosa profunda , embolia pulmonar, pneumonia e infecções do trato urinário.

As conseqüências decorrentes das fraturas do ponto de vista social, devem-se a uma incapacidade funcional crônica, com prejuízo da qualidade de vida, gerando uma dependência parcial ou total para as atividades diárias (6,7% dos casos) e admissão precoce a casas de repouso em 7,8%. A destacar que a fratura de quadril é responsável por 30% das incapacidades para a vida.

O custo econômico das fraturas foi estimado nos Estados Unidos em 20 bilhões de dólares em 1991, sendo que a osteoporose foi responsável por 35% desses gastos.

Nas mulheres o pico da massa óssea é atingido por volta dos 16 anos de idade, permanecendo estável até 30 e a seguir declinando a uma razão de 1% ao ano. Já nos homens, o pico é atingido aos 18 anos de idade, permanecendo estável até os 40 e a seguir declinando mais lentamente ao longo dos anos, segundo características próprias de cada indivíduo.

Vários fatores tem sido implicados no ganho da massa óssea na adolescência:
1. hereditários (60%), sendo este o principal ;
2. nutricionais, principalmente ingestão de cálcio;
3. endócrinos, como hormônios sexuais, vitamina D, etc ;
4. mecânicos, atividade física com ênfase a exercícios com força da gravidade e contração muscular e o peso corporal.

Recentes avanços nas técnicas de medida de massa óssea (densitometria óssea) tem possibilitado uma melhor avaliação da mesma, pois expõe o paciente a uma mínima radiação e apresentam boa reprodutibilidade e acurácia.

O risco de fratura por osteoporose é inversamente proporcional a densidade óssea, sendo que, a queda de cada desvio padrão aumenta o seu risco em 1,5 a 3 vezes . Na faixa etária dos 40-80 anos, a cada década o risco de fraturas por osteoporose dobra.
Osteoporose em mulheres
Vários são os fatores que predispõem a mulher à osteoporose, dentre eles o principal é a menopausa. Ocorre, entretanto que não mais que 30% das mulheres nesta fase desenvolverão a doença. Porem, sob certas condições, mulheres antes da menopausa poderão apresentar osteoporose.
Assim sendo, é importante a identificação precoce dessas mulheres por meio de uma análise criteriosa dos fatores de risco, a fim de dar início a sua prevenção, pois nessa fase o paciente é assintomático.
Dentre os principais fatores de risco a serem analisados, destacamos:
1. Características gerais – idade acima de 50 anos, menarca tardia, menopausa precoce (natural ou cirúrgica), raça branca ou oriental, porte pequeno, magras, sem filhos e principalmente a hereditariedade (história familiar);
2. hábitos alimentares - baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de proteína animal, de sódio, de fibras e de café;
3. estilo de vida - uso de bebidas alcoólicas, tabagismo e vida sedentária;
4. Utilização de drogas - corticoesteroides crônicamente, diuréticos de alça, anticonvulsivantes, hormônio tiroideano, vitamina A, metotrexato e antiácidos a base de hidróxido de alumínio;
A classificação da osteoporose é bastante ampla, sendo que a mais importante é a osteoporose evolucional, que se divide em:
Na osteoporose pós-menopausa observamos um aumento da formação e reabsorção óssea, devido a uma redução de produção de estrógenos. Acomete mulheres entre 50 a 60 anos, com maior incidência nos primeiros anos de menopausa, aonde se verifica uma perda acelerada de 3 a 5% de massa óssea por ano. O osso trabecular é o mais afetado e as principais localizações de fraturas são: coluna dorsal e lombar, 1/3 distal do rádio e colo do fêmur.
Na osteoporose senil temos uma redução da formação e da reabsorção óssea. Ela acomete mulheres (e neste caso também homens) acima dos 65 anos, sendo nas mulheres aquelas com menopausa há mais de 10 anos, com perda lenta de massa óssea nesse período. O osso trabecular e cortical são igualmente afetados e as fraturas ocorrem principalmente na coluna dorsal e lombar, trocanter do fêmur e em alguns ossos periféricos.
A osteoporose via regra é assintomática, entretanto pode ser sintomática apresentando:
  • redução da altura da pessoa;
  • acentuação da cifose da coluna dorsal (corcunda da viúva);
  • retificação da lordose da coluna lombar;
  • alteração do diâmetro da caixa torácica (predispondo a infecções respiratórias);
  • alteração da cavidade abdominal ( favorecendo a obstipação crônica).
Osteoporose em homens
A detecção e prevenção da osteoporose nos homens têm sido negligenciadas, entretanto a observação progressiva de fraturas nesse sexo está adquirindo grandes importâncias epidemiológicas, sendo necessária uma busca maior, visando o seu diagnóstico.
Conforme já mencionado, o pico da massa óssea nos homens, difere do das mulheres, pois é alcançado mais tardiamente, mantendo – se estável até os 40 anos, e se acelerando na idade avançada. Estudos têm demonstrado uma perda média de massa óssea após os 40 anos, de 3 a 4% por década de osso cortical e 7 a 12% de osso trabecular. A maior resistência muscular e a atividade física estão associadas a maior massa óssea.
Existem dois tipos de osteoporose:
· Osteoporose idiopática, onde não são identificados condições médicas ou fatores de risco associado à perda de massa óssea. Acomete homens com idades variando de 20 a 80 anos com maior incidência na sétima década da vida. Os principais fatores relacionados a perda de massa óssea com a idade nesta modalidade, são as seguintes: baixa ingestão de cálcio e reduzida absorção intestinal, deficiência de vitamina D, redução dos níveis séricos de testosterona, aumento dos níveis de PTH, diminuição da função renal e principalmente a falta de atividade física.
· Osteoporoses secundárias, responsáveis por cerca de 30 a 60% das fraturas da coluna vertebral. Dentre as principais causas, temos: alcoolismo crônico (2,8 vezes maior risco de fratura), drogas (anticonvulsivantes, heparina, cortisona, hormônios tiroideano), tabagismo crônico, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, cirrose hepática, doenças inflamatórias intestinais, artrites reumatóide, espondilite anquilosante, hipogonadismo, diabetes mellitus, transplantes e imobilização prolongada.
Prevenção e Tratamento
A osteoporose deve ser prevenida e tratada adequadamente. Existem hoje métodos seguros e de baixo custo para a avaliação de massa óssea sob a forma de imagem (densitometria óssea) bem como marcadores laboratoriais com o objetivo de medir a formação e a reabsorção óssea. Esses métodos também permitem a avaliação da eficácia do tratamento.
Em relação a abordagem terapêutica, ela deve ser sempre preventiva, a partir da infância, com ênfase na orientação dietética, suplementação de cálcio, exercícios físicos, hábitos saudáveis de vida e medicamentos quando necessários segundo as melhores evidências do conhecimento científico, associado a experiência pessoal do médico.
O tratamento da osteoporose dependerá de caso a caso, segundo a avaliação do médico especialista, seguindo os mesmos princípios da prevenção, com as adaptações necessárias, e ocorrendo fraturas, as mesmas deverão ser tratadas por um especialista.
O médico tem que levar em consideração a opinião do paciente, sendo que ele deve participar de todo o processo de decisão, após ser adequadamente informado e conscientizado de todos os atos médicos, quanto aos fatores de risco, diagnóstico, planejamento terapêutico, possíveis efeitos colaterais(que deverão ser comunicados) e resultados.
A osteoporose, principal doença óssea metabólica da espécie humana, acomete mulheres, homens e inclusive crianças e é caracterizada por uma redução do volume e da qualidade óssea com deterioração de sua microarquitetura. Como conseqüência ocorre um aumento da fragilidade dos ossos, podendo gerar fraturas, que de acordo com sua localização pode levar a conseqüências imprevisíveis.
A osteoporose, adequadamente identificada pelo médico, pode ser prevenida. Entretanto quando sintomática pode ser extremamente dolorosa, desfigurante, incapacitante, podendo levar o indivíduo à morte.
                                                     Fonte: Clinica Reumatológica Goldenberg
Av. 9 de Julho 4303 Jardim Paulista-São Paulo-SP
                                                                 Prof. Dr. José Goldenberg

Osteoartrose / Artrose (OA)

O que é?


Osteoartrose ou doença degenerativa da articulação é a forma mais comum de artrite. Afeta freqüentemente as pessoas a partir da meia-idade e, envolve o pescoço, coluna lombar, joelhos, quadris, e articulações dos dedos, principalmente das mãos. Quase 70% das pessoas acima de 70 anos, tem evidência radiográfica desta doença, mas só a metade destas desenvolvem sintomas. Também pode acontecer em articulações traumatizadas previamente de modo prolongado e excessivo, por infecções, ou mesmo por processos inflamatórios crônicos.


Impacto na Saúde
A afeta mais de 16 milhões de americanos·É considerada o tipo mais comum de artrite.
Virtualmente todo mundo acima de 75 anos é afetado em pelo menos uma articulação. As mulheres geralmente são afetadas mais precocemente que os homens.
Diagnóstico
Deve ser suspeitada quando há sintomas de dor nas articulações normalmente acometidas, em pacientes acima de 60 anos (na média). Pode ser confirmada por um exame físico e radiografias. Devem ser afastadas outras causas de artrite, assim como também pode estar coexistindo com outras patologias articulares.
Causa

A OA é o resultado da degeneração da cartilagem articular, sendo atualmente considerada como tendo uma causa multifatorial Alguns tipos de AO são reconhecidamente hereditários, sendo inclusive a forma mais comum (NODAL - aquela que apresenta alargamento/aumento das articulações dos dedos), aí incluída. Esta anormalidade genética encontrada causa um distúrbio na formação das proteínas (aminoácidos), provocando uma degeneração precoce na cartilagem. As pesquisas atuais estão enfocando muito este lado da AO e, associados aos estudos celulares, químicos e funcionais das cartilagens, estão criando um novo entendimento desta patologia.
Tratamento

A terapia para OA inclui tanto tratamentos farmacológicos, como não medicamentosos, que visam não somente aliviar a dor, mas, sobretudo preservar a função daquela articulação acometida. Analgésicos simples (acetaminophen), drogas anti-inflamatórias (piroxican, diclofenacos, ibuprofeno, etc.), podem ser utilizados sempre que necessários. O uso de corticosteroides em cursos intermitentes pode ajudar nos casos mais rebeldes. Terapias não farmacológicas incluem a educação paciente, buscando uma melhor compreensão da doença em si. Exercícios de amplitude articular, alongamentos e reforço muscular posteriormente, são fundamentais dentro da visão preventiva da sintomatologia dolorosa. A redução de peso é necessária quando existe acometimento das articulações de carga (coxofemurais, joelhos e tornozelos). Procedimentos fisioterápicos (compressas, quentes, frias, eletroterapia, etc.) no alívio do processo inflamatório e analgésico são importantes na fase aguda. A cirurgia pode ser indicada nos casos de colocação de próteses de substituição, correção de defeitos incapacitante, ou mesmo para dores refratárias, mas sempre buscando a melhoria da função do paciente
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O papel do Reumatologista no Tratamento de AO

O reumatologista é o médico principal no tratamento e pesquisa da OA. Seu conhecimento nas causas e, principalmente na estrutura/função da cartilagem, faz dele o mais indicado para planejar a melhor terapia destes pacientes, assim como coordenar toda a equipe participante no trabalho (Autor: Dr. Marcelo Cruz Rezende - reumatologista / MS·Baseado em texto da “Arthritis Foundation).

Importância da atividade lúdica na vida do idoso

A atividade lúdica deve permitir, na terceira idade:
     * que o idoso se expresse;
     * se sinta livre;
     * se sinta útil;
     * gratificado em algum aspecto;
     * elevar e manter os níveis de saúde física e mental;
     * fomentar a integração e participação;
     *aumentar os desejos de viver, desfrutar a vida, apreciar o positivo;
     * incorporar novas pautas a valores de convivência;
     *ativar e melhorar a concentração, aumentar a capacidade pulmonar, aumentar e manter a mobilidade geral;
     * aprender novas linguagens expressivas;
     * boa adaptação cardíaca;
     * possa resolver situações de forma criativa, sentindo prazer pela atividade;
     * fazer brincando;

  
Atividades lúdicas de socialização na 3ª idade


Mesmo num local ou em uma situação que sugira divertimento, as pessoas estão distante uma das outras. Cabe ao promotor das atividades com características de socialização para quebra o gelo promover o primeiro contato e a integração do grupo.
Toda atividade recreativa pode ser adaptada para socialização, desde que cumpra com algumas exigências.
Regras de atividades de socialização, como:

·   OLHAR: apesar de parecer uma atividade comum, algumas pessoas têm dificuldades de olharem umas às outras. O promotor da atividade deverá promover momentos onde as pessoas irão se olhar, inclusive observando detalhes. Uma vez estimuladas pela própria atividade, isso viabilizará a integração.

·   FALAR: uma atividade de socialização deve propiciar para que as pessoas falem umas com as outras, trocando algumas informações ou dizendo pequenas frases decoradas.Poderá utilizar atividades onde as pessoas dizem seus nomes, cognomes ou apelidos.

·   TOCAR: o toque pode ser considerado um estágio avançado na fase delicada de socialização. As pessoas apresentam uma resistência, ou melhor, não ficam à vontade quando se sugere que se toquem, neste caso utiliza-se de atividades onde o toque poderá ser sutil e rápido, como um aperto de mão ou um toque de dedos. Em uma situação mais favorável, esse toque pode passar a ser um abraço ou outra situação que exprima um maior contato físico. Ex: dança.

Trabalho em grupos com idosos

Deve-se ter bastante atenção ao apresentar tarefas em grupos, pois participantes do mesmo grupo irão se integrarem fortemente, porém, componentes de grupos diferente não se socializarão e até poderá haver distanciamento se a atividade for competitiva.
É interessante propor trabalho em grupos onde todos os componentes façam parte de um mesmo grupo, único e maior. Se for para trabalhar a socialização é melhor evitar trabalho de competição e trabalhar com situações divertidas e hilariantes.     

  Atividades adequadas a 3ª idade

Essas são algumas atividades adequadas para serem trabalhadas com idosos:

·   Esportes (aceita adaptação das regras a sua faixa etária);
·   Supervalorizar atividades recreativas de grande participação;
·   Atividades artesanais e trabalhos manuais;
·   Brincar com recortes e colagem;
·   Jogos de salão em potencial;
·   Jogos de mesa em potencial;
·   Festas, danças e músicas;
·   Atividades junto à natureza;
           Excursões, viagens, passeios, piqueniques;
Relação entre atividades lúdicas e a saúde do idoso

Existem algumas considerações quanto às atividades lúdicas aplicadas à 3ª idade.

·   não haja muita informação e que não sejam muito complicadas;
·   evitar explicações longas e duvidosas;
·   não utilizar velocidade;
·   prever problemas de equilíbrio;
·   não chegar à fadiga;
·   evitar permanecer muito tempo em pé;
·   evitar posições suspensas;
·   evitar bloqueios respiratórios;
·   evitar extensões musculares forçadas.
 Algumas atividades propostas para a prevenção dessas doenças são:
·   Caminhada por no mínimo 20 minutos em três a cinco sessões semanais é uma atividade aceita como forma preventiva de doenças crônico-degenerativas;
·  Atividades aquáticas e de baixo impacto são recomendadas e bastante aceita por esses indivíduos por serem prazerosas.

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