Perguntas Freqüentes sobre drogas

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Perguntas Freqüentes sobre drogas.

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A maconha é droga?
A maconha é uma droga de ação mista, que perturba a atividade do cérebro sem acelerá-la ou diminuí-la. Seu princípio ativo, D -9-tetrahidrocanabinol (THC), pode provocar distúrbios variados no sistema nervoso, como alucinações e outras alterações da percepção.

Uma revista publicou que a maconha faz menos mal que o cigarro. Isto é verdade?

Além da nicotina, a queima do tabaco libera partículas de benzopireno principal agente cancerígeno do fumo, alcatrão, amônia, monóxido de carbono, metais como cádmio, arsênico e ouro, e mais centenas de substâncias nocivas ao organismo.

O fumante tem maiores probabilidades de apresentar doenças do aparelho respiratório como asma, bronquite crônica, enfisema pulmonar; cardiovasculares, como aterosclerose, trombose coronária, ataque cardíaco, problemas circulatórios e gangrena; psicológicos como a ansiedade, insônia e depressão; males como diminuição do desempenho sexual, da fertilidade, câncer de laringe, pulmão, boca, esôfago, bexiga e pâncreas; e na gravidez, pode causar danos ao feto.

A maconha provoca alterações no contorno das terminações nervosas. É a droga mais desmotivante que existe, e o usuário rapidamente se desinteressa por todas as suas atividades, não consegue assistir às aulas, trabalhar ou levantar da cama, fica "desencanado". Logo nas primeiras semanas já se percebe um déficit na capacidade de ouvir e compreender o que está sendo falado, dando a impressão de que ele ouve mas não ouve. Compromete as funções necessárias ao aprendizado, como a percepção, memória, atenção, capacidade de concentração e abstração, aumentando o número de reprovações escolares. Também provoca diminuição do apetite sexual, que às vezes é substituído pela droga sem que o usuário perceba, e esterilidade temporária. Pode provocar surtos psicóticos.

Portanto, achar que uma dessas drogas faz mais ou menos mal que a outra é questão de opinião pessoal. Na verdade, as duas fazem muito mal.

A maconha é droga leve?
A maconha não é a droga "leve" que os seus defensores pretendem que seja. Provoca alterações no contorno das terminações nervosas. É a droga mais desmotivante que existe, e o usuário rapidamente se desinteressa das suas atividades esportivas, não consegue assistir às aulas, trabalhar ou levantar da cama, fica "desencanado". A maconha compromete as funções necessárias ao aprendizado, como a percepção, memória, atenção, capacidade de concentração e abstração, causando um aumento da defasagem da relação série/idade escolar, devido às reprovações, e um aumento do índice de abandono escolar. Também provoca diminuição do apetite sexual, que às vezes é substituído pela droga sem que o usuário perceba, e esterilidade temporária. Pode provocar surtos psicóticos.

A pessoa pode ficar viciada em maconha?
Quem experimenta uma droga e gosta da sensação que a droga lhe proporciona poderá sentir vontade de experimentar mais vezes e viciar-se. Não são todas as pessoas que sentem sensações prazerosas quando experimentam drogas; nesse caso, não se tornam dependentes.

A maconha é a porta de entrada para as outras drogas?
A maconha, assim como qualquer droga, pode ser a porta de entrada para as outras drogas. Quem não aceita experimentar qualquer droga que lhe é oferecida pela primeira vez tem possibilidades maiores de rejeitar as outras drogas que lhe venham a ser oferecidas. Mas o jovem que é receptivo à idéia de experimentar alguma droga, seja álcool, cigarro ou maconha, terá mais receptividade para experimentar outras drogas que venham a lhe oferecer.

O que é adicção?
Originária do latim "addictu", que significa "escravo", "submisso", adicção é uma palavra de uso corrente entre os pacientes e profissionais da área. A adicção pode se desenvolver para alimentos, jogo, leitura, sexo e drogas. Neste caso, é sinônimo de dependência química (inclusive dependência de álcool).

O que é dependência de drogas?
É a necessidade, física e/ou psicológica, da droga. A necessidade pode se manifestar através do desejo de tomar a droga para sentir seus efeitos ou através da incapacidade de sentir prazer (aedonia) sem o seu uso, o que impõe o uso para alívio da insatisfação e faz com que o jovem só consiga se divertir freqüentando barzinhos e danceterias onde são servidas bebidas e só consiga ter amigos que bebem ou usam drogas.

O que é dependência psicológica?
Ocorre nas dependências de todas as drogas de abuso, exceto nos alucinógenos. É a necessidade de atingir um máximo de sensação de bem-estar. Os critérios de quantificação são subjetivos, ou seja, é uma falsa sensação de bem-estar, e muitas vezes o dependente está visivelmente incapacitado fazer tarefas ou se sociabilizar.


O que é dependência física?
Reflete a adaptação fisiológica do organismo ao uso crônico da substância, de modo que a supressão da mesma provoca o aparecimento de certos sinais e sintomas, chamados síndrome de abstinência.

O que é overdose?
É uma quantidade de droga acima da que o organismo pode tolerar. A velocidade com que uma droga pode ser metabolizada (destruída e eliminada) pelo corpo humano tem um certo limite para cada pessoa, ainda que esta já tenha adaptado o seu corpo à presença da droga (tolerância). O órgão responsável pela maior parte dessa eliminação é o fígado. Quando a quantidade de droga ingerida é maior do que a capacidade de eliminação do organismo, existe um acúmulo, e o excesso de droga pode provocar crises convulsivas repetidas, inchaço do cérebro, estado de coma, parada cardíaca ou parada respiratória. Diz-se então que aquele usuário teve uma ou morreu de uma overdose.

O que é tolerância?
É uma adaptação do organismo a doses cada vez maiores da substância, que precisam ser aumentadas para a obtenção dos efeitos desejados. O organismo pode desenvolver tolerância a elevadas doses de algumas substâncias, como álcool e maconha, mas outras, como cocaína e heroína, permitem apenas um certo limite de tolerância. Algumas substâncias podem desenvolver tolerância para outras, é a chamada tolerância cruzada. Por ex.: álcool e tranqüilizantes.

O que é tolerância cruzada?
A adaptação do organismo a doses maiores de uma determinada droga pelo uso da mesma pode torná-lo adaptado a doses maiores de outra droga que tenha a mesma via metabólica. Esse fenômeno é chamado tolerância cruzada.

O que é dependência cruzada?
O correto é falar múltipla dependência ou polidependência. Significa que o dependente faz uso de duas ou mais drogas diferentes, lícitas ou ilícitas, indiferentemente.

O que é droga de escolha?
É aquela preferida de um poli dependente entre todas as outras que ele usa.

Qual é a droga mais forte?
O conceito de droga forte e droga fraca precisam ser visto com uma certa reserva. Ele é aceitável no que se refere à possibilidade de uma droga matar de overdose, pelo fato de permitir o desenvolvimento de um limite baixo de tolerância ou desta droga comprometer muito acentuadamente a saúde física do usuário. Assim, a heroína o fentanil e o crack podem ser considerados drogas muito fortes.

Mas, se levarmos em consideração a capacidade para o estudo e para o trabalho, a coordenação motora, o vínculo afetivo das relações humanas e muitos outros indicadores de qualidade de vida, vamos ver que algumas drogas inicialmente consideradas leves, como a maconha e o álcool, causam danos pesados aos seus consumidores.

O que é o santo-daime?
O santo-daime (ayahuasca) é uma bebida feita de cipó de mariri e da folha de chacrona. É um psicotrópico perturbador da atividade cerebral. A substância ativa dessa bebida é a dimetiltriptamina, que provoca alucinações individuais
Ou coletivas (percepção de mensagens do espaço sideral ou de seres do centro da Terra), chamadas mirações, e delírios messiânicos no usuário (acredita que é um enviado especial de Deus, ou que tem uma missão superior no universo, ou que harmoniza espiritualmente com a natureza). Há casos de permanência dos efeitos, que, crônicos são a tradução das psicoses.

Por que os jovens usam drogas?
Uma multiplicidade de fatores relevantes para o uso de droga são estudados. A cultura química abraçada pela sociedade faz com que desde pequeno o jovem aprenda com a sua própria família que deverá usar drogas quando crescer. Ele presencia o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros que seus familiares usam para se divertir nas reuniões festivas, o uso indiscriminado de analgésicos para tirar dores triviais, de tranqüilizantes para resolver os problemas ou tirar a tristeza e de anfetaminas para emagrecer e ficar bonito. A informação que recebe é de que ainda é muito pequeno para experimentar essas coisas.

Na adolescência, passa por transformações físicas, lida com responsabilidades que antes não lhe eram atribuídas, incorpora as mudanças hormonais e o surgimento da sexualidade adulta, sente o desejo e o medo dos relacionamentos amorosos, inicia-se a luta entre a dependência e a independência, começa o afastamento da família e uma maior aproximação do grupo, sofre influência e pressão dos amigos, tem dificuldade de dizer não e tende a seguir as regras do grupo.

Além desses, existem outros fatores relevantes para o experimento e continuidade do uso de drogas, como: hereditariedade, aceitação, necessidade de novas descobertas, curiosidade, desafio aos perigos, contestação, depressão, insatisfação, frustração, rejeição, solidão e insegurança.


 Quanto tempo precisa usar droga para ficar viciado?
Isto é variável pela própria natureza da pessoa e pelo o grau de afinidade que o ser humano tem com cada droga. Se a afinidade for elevada, como na heroína e no crack, o poder viciante da droga é alto e somente uma dose já pode viciar. A maconha também pode viciar em poucas semanas. O álcool, apesar de levar rapidamente a mudanças de comportamento e ao comprometimento da qualidade de vida, demora anos para viciar.

O que posso fazer para ajudar um amigo que usa drogas?
As maneiras de ajudar vão desde assumirmos uma ética distante das drogas, deixando claro que não as consumimos e nem pretendemos fazê-lo, até convencê-lo de que deve procurar ajuda de seus pais.

Podemos ouvi-lo para saber se ele tem algum problema que possamos ajudar a resolver.

Podemos, com o auxílio de outros amigos que não usem drogas (lícitas ou ilícitas), tentar mantê-lo por perto, convidando-o para os programas e divertimentos da turma, estimulando para esportes, teatro, cinema, etc.

Quando ele estiver fora do efeito das drogas, podemos falar sobre as situações inconvenientes que ele cria quando consome e como é difícil relacionar-se com ele nessas horas.

Podemos sugerir que ele procure grupos de apoio de jovens que já consumiram drogas e pararam, do tipo Narcóticos Anônimos, para que ele aprenda um pouco mais sobre o problema.

Tudo isto deve ser feito sem que estejamos muito expostos aos riscos que as drogas do nosso amigo trazem para ele e para todos nós. Nesse caso, devemos nos aconselhar com outras pessoas mais maduras e conhecedoras do problema.

Não é preconceito dizer que alguém que usa drogas acaba roubando?
Nem sempre o usuário de drogas vai terminar roubando, mesmo porque alguns deles são herdeiros de grandes fortunas e já têm acesso a elas. Porém, é compreensível que as pessoas pensem desta maneira porque é reconhecido mundialmente o fato de que o consumo de drogas aumenta a criminalidade.

É comum em nossas vidas e em nosso trabalho convivermos com jovens pertencentes a famílias ricas que acabam entrando no crime após iniciarem o uso de drogas.

Sistematicamente, a mídia vem divulgando ocorrências de assaltos em casas de condomínios com famílias de altíssimo poder aquisitivo e com fortes sistemas de segurança, cujos autores são os usuários de drogas filhos de moradores do próprio condomínio, que se aproveitam do conhecimento que têm sobre a rotina de seus vizinhos para executá-los.

Não é preconceito dizer que alguém que usa drogas é mais agressivo?
O consumo de drogas e o aumento da criminalidade e da violência são diretamente proporcionais. Há relatos de que o risco de sofrer algum tipo de violência é 14 vezes maior para os que moram com usuários de drogas (lícitas ou ilícitas) do que para aqueles que moram somente com não usuários. Assim, também é compreensível que este tipo de associação seja feito por algumas pessoas.

Eles ficam agressivos tanto pelo efeito de algumas drogas quanto pela falta que sentem quando não as têm.

Se a gestante usa drogas durante a gravidez, pode causar problemas para a criança?
Muito mais que a mãe, o feto está sujeito às consequências do consumo de drogas (lícitas ou ilícitas) durante a gravidez. Muitas vezes a mãe já desenvolveu tolerância, mas o feto que não teve nenhum contato anterior com a droga, não está acostumado e é muito mais vulnerável ao contato.

Até mesmo as pequenas doses podem ser lesivas, já que a relação entre o tamanho e peso da mãe e do feto são proporcionalmente desfavoráveis a ele.

Os problemas começam por diminuição do peso e altura do feto em relação à idade gestacional, queda da resistência a doenças e, no caso de drogas que causam dependência física, pode chegar à morte da criança por síndrome de abstinência fetal, após o parto.

Logo após o nascimento, observa-se um aumento da inquietação, irritabilidade, choro excessivo é descoordenação motora entre os filhos de mães consumidoras de drogas.

Ocorre uma incidência maior de casos de retardo no desenvolvimento motor e mental desses filhos.

Há relatos de maior dificuldade no aprendizado dos filhos de mães consumidoras por comprometimento das funções psíquicas necessárias ao mesmo.

Como posso saber se meu filho usa drogas?

De repente ele começa a ter uma vida conturbada por problemas emocionais, escolares, profissionais ou financeiros. Esses são indicadores que merecem ser analisados. Também podemos observar outros sinais sugestivos de consumo de drogas.
Olhos vermelhos - o álcool, a maconha, a cocaína, a cola e o éter provocam vermelhidão nos olhos.
Dedos amarelos - provocado pelo cigarro de maconha que o jovem fuma até o final.
Irritação e agressividade - qualquer observação dos pais desencadeia nele uma crise de agressividade.
Afastamento - não convive mais com os familiares, entra em casa e vai direto para o quarto.
Amigos esquisitos - deixam de andar com os velhos amigos e arruma amigos que usam drogas, bebem e se vestem de forma extravagante.
Venda de objetos estimados - vende o tênis preferido, o casaco, o skate, o som, etc., tudo para poder pagar a droga.
Mudanças de horário - chega cada vez mais tarde e acorda tarde também.
Desmotivação - quer dormir durante o dia, começa a faltar nas aulas, para os cursos paralelos e de praticar esportes, se desinteressa de tudo.

Furto de pequenos objetos - joias da mãe, dinheiro, aparelhos domésticos, etc.
Problemas com a polícia - podem ocorrer prisões, detenções e processos.
O jovem deve ser melhor observado quando apresentar esses sinais para que se tenha certeza.
Isto tanto pode ser uma rápida crise de adolescência como também pode significar o desenvolvimento de alguma doença psiquiátrica.

O que devo fazer se o meu filho estiver usando drogas?
Inicialmente você deve conversar muito com ele. Se puder, pare uns dias para ouvi-lo, dar-lhe mais atenção e reverem juntos os valores familiares e o seu posicionamento em relação às drogas.

Acompanhe de perto as suas atividades escolares, esportivas e sociais. Verifique se estão se mantendo em alta. Caso contrário, procure saber sobre seus amigos e estreite os contatos com a escola para manter-se informado em relação à sua frequência e aproveitamento.

Deve-se controlar melhor o dinheiro, onde e com o que ele o gasta?
Procure ajuda de outros pais que estão passando pelo mesmo problema através de grupos de apoio para pais e familiares de dependentes de drogas, como os grupos de Amorexigente e Naranon. Nesses grupos você poderá conhecer as diversas alternativas já adotadas por eles e sobre os possíveis resultados de cada escolha.

Procure ajuda de profissionais especializados em tratamento de dependentes de drogas, sempre buscando saber antecipadamente se a abordagem adotada pelo profissional e o modelo de tratamento proposto estão de acordo com as suas expectativas.

A ajuda dos profissionais pode ser tanto para o seu filho dependente de drogas quanto para você mesmo.

Como posso saber se meu filho já é um dependente?
A dependência está estabelecida quando o seu filho começa a apresentar problemas de saúde relacionados com o consumo, ou a comprometer as suas atividades escolares, profissionais, esportivas, sociais e sentimentais, ou a apresentar alterações de comportamento e, ainda assim, insistir em consumir drogas, defender o seu "direito" de fazê-lo ou ainda tentar parar e experimentar sucessivos fracassos.
A ajuda dos profissionais pode ser tanto para o seu filho dependente de drogas quanto para você mesmo.

Podemos internar um usuário de drogas mesmo que ele seja contra o Tratamento?
Os usuários de drogas raramente acham que precisam de ajuda, eles pensam que têm pleno controle sobre a droga e suas consequências, ainda que às vezes os problemas estejam incontroláveis. Nesta situação, quando há risco de vida para ele ou para os que convivem com ele, ou risco de prisão devido a comportamento antissocial ou delinquente, a internação compulsória pode ser ultimada.

Os recursos disponíveis para essas internações estão na rede privada de hospitais e clínicas psiquiátricas. É necessário um estudo dos preços das clínicas preparadas para esse tipo de atendimento e também da equipe terapêutica que o acompanhará.

É importantíssimo o conhecimento prévio do especialista responsável pelo atendimento, do modelo de atendimento, previsão do tempo de duração do tratamento e quais as expectativas de resultados.

Preferivelmente, durante a internação psiquiátrica, deve ser feito um trabalho de persuasão para que o paciente dê continuidade ao tratamento em comunidade especializada no tratamento de farmacodependentes ou conforme o especialista responsável determinar.

Qual é o percentual de pessoas que se recuperam com um tratamento?
Os percentuais de recuperação são variáveis de acordo com o grau de evolução da doença, com o nível sociocultural do paciente, com o modelo de tratamento ou associação de modelos utilizados. Todas essas circunstâncias fazem os índices de recuperação variarem desde números elevados até muito baixos. De qualquer forma, todos os tratamentos são válidos para que o farmacodependente não seja deixado à própria sorte.

Consultoria técnica científica do Dr. Jorge César Gomes de Figueiredo, psiquiatra, diretor da Clínica Vitória, Centro de Recuperação de Farmacodependências, Embu/SP

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